Estava tremido, devido a dificuldades económicas, mas já há garantias de que, este ano, vai mesmo haver reajuste salarial no país.  A Comissão Consultiva do Trabalho esteve, hoje, reunida, em Maputo, em mais uma sessão de negociações salariais e os empregadores deram garantias, embora ainda não sejam conhecidos os números. 

O economista moçambicano Luís Magaço alerta para possível retracção do investimento no país, resultante das eleições que se avizinham e do recrudescimento do terrorismo em Cabo Delgado.  Por outro lado, o director-geral da Revista Negócios, Jaime Langa, defende que o impacto da instabilidade militar, no norte do país, já está afectar as contas das Pequenas e Médias Empresas.

O Governo diz que a petrolífera francesa Total Energies está a avaliar as condições de segurança para a retoma das actividades na província de Cabo Delgado. O Ministro dos Recursos Minerais e Energia não estabelece uma data, para o reinício das operações de exploração de gás natural pela multinacional, mas garante que o executivo está empenhado na procura de uma solução eficaz.

A economia moçambicana poderá crescer 4,9% este ano e 5,6% em 2025 segundo as previsões do FNB Moçambique apresentadas, esta quinta-feira, em Maputo.  Embora optimista quanto a evolução do PIB nacional, a instituição financeira alerta para possíveis riscos que possam advir da instabilidade político-militar no norte do paίs e a subida do preço das commodities no mercado internacional.

O Ministro da Indústria e Comércio diz que as reformas aprovadas para o sector privado nos últimos cinco anos não são ainda suficientes para que o ambiente de negócios no País atinja os níveis desejáveis.  Silvino Moreno assegura que o governo está empenhado na aprovação, este ano, de mais reformas com vista a reduzir os procedimentos, o tempo e o custo de se fazer negócios em Moçambique.