O Instituto Nacional de Desenvolvimento de Pesca e Aquacultura, IDEPA e a Reserva Marinha Parcial da Ponta de Ouro estão a desenvolver um projecto de Fomento de Cultivo do Mexilhão.

O Projecto-piloto que visa repovoar a costa moçambicana com a espécie está a ser implementada nas águas oceânicas da península de Machangulo, no Distrito de Matutuíne, na Província de Maputo.

O mexilhão é um marisco milenar da espécie de moluscos, bastante procurado na culinária dos países da Europa Ocidental.

 Até 2007, a União Europeia detinha 86% de toda a produção mundial do marisco num valor estimado em 231 milhões de euros.

De acordo com o Instituto Nacional de Desenvolvimento de Pesca e Aquacultura, IDEPA, a costa moçambicana já possuiu inestimáveis quantidades de Mexilhão mas a procura desenfreada, por parte dos pescadores, levou a que este produto se esgotasse nas águas territoriais da zona sul de Moçambique, com destaque para a costa da cidade e província de Maputo.

A espécie possui um alto valor comercial. Um quilograma de mexilhão chega a custar setecentos meticais no mercado internacional.

Para o repovoamento da costa, com esta espécie, o IDEPA e a Reserva Marinha Parcial da Ponta de Ouro estão a desenvolver um projecto de Fomento de Cultivo do Mexilhão nas águas protegidas da península de Machangulo no distrito de Matutuíne.

Além de reduzir a pressão pela pesca, o mexilhão tem a função ecológica de melhorar a qualidade da água e a produtividade primária uma vez que as suas fezes, são nutrientes para os peixes e outros animais que compõem a biodiversidade marinha.

O cultivo de Mexilhão está a ser feito em saquetas de 2 quilogramas cada, colocadas a flutuar no meio do mar. Em cada quinze dias os técnicos do IDEPA fazem a sua higienização e a monitoria do seu desenvolvimento. Do projecto-piloto espera-se colher cerca de uma tonelada.

O projecto vai beneficiar a 15 pescadores de uma associação local.